
Fonte: Arquivo LAPEN
Existem basicamente dois sistemas de pesca distintos relacionados a captura do pargo Lutjanus purpureus: sistema Pargo com Manzuá, sistema Pargo com Linha Pargueira e Bicicleta, onde os apetrechos correspondentes a cada uma delas será caracterizado abaixo.
O manzuá, apetrecho utilizado no primeiro sistema de pesca, consiste em uma armadilha confeccionada em ferro e revestido com tela plástica de polietileno. Esta arte de pesca possui configuração octogonal, sendo que a extremidade por onde o pescado irá entrar, denominada sanga, é constituída por um tronco de cone circular com a base menor voltada para dentro da armadilha, de 0,25 m de diâmetro e a base maior com 1,7 m de diâmetro (BENTES et al., 2016).
Este apetrecho começou a ser utilizado nas pescarias da região Norte devido ao aumento no poder de captura quando comparadas com a linha pargueira (FILHO et al., 2002). Além disso, alguns pescadores afirmam que o pescado capturado com o manzuá não sofre praticamente qualquer tipo de dano, o que lhe confere maior valor agregado no momento da exportação (SOUZA & IVO, 2004). Contudo, este apetrecho não é recomendado por apresentar pouca seletividade, capturando indivíduos imaturos (SOUZA & IVO, 2004).
Outra arte de pesca utilizada na captura do pargo é a linha pargueira com bicicleta, que é constituída por um espinhel vertical com linha principal variando de 200 a 400 m de comprimento, confeccionada com fio poliamida de 2,5 mm de diâmetro, distorcedores para evitar a torção, linhas secundárias variando de 0,2 a 0,6 m e de 0,5 a 1,2 m de distâncias entre linhas secundárias, anzóis e chumbadas de cerca de 1 kg e a linha pargueira é operada por um guincho manual diretamente da embarcação (COSTA, 2012). Os anzóis são geralmente iscados com sardinha – compreendem várias espécies das famílias Clupeidae e Engraulididae (BENTES et al., 2016).