A espécie Brachyplatystoma vaillantii (Valenciennes, 1840) ou popularmente conhecida como piramutaba constitui um dos mais importantes recursos pesqueiros explotados na região amazônica por embarcações artesanais e industriais.

        Segundo registros literários do final do século XIX, a princípio está espécie possuía baixo valor comercial, porque os cidadãos acreditavam que espécie de couro como a piramutaba era transmissora de herpetismo, sendo comercializada apenas em mercados locais das regiões paraenses, ocorrendo isso até a década de 60 (BARTHEM, 1990; VERRÍSSIMO, 1895). A partir desse momento ocorrem grandes incentivos fiscais por parte do Governo Federal afim de industrializar a pesca na região, estimulando assim a ampliação de frotas pesqueiras mais sofisticadas e instalações de frigoríficos, principalmente próximos ao estuário.

          Com advento das empresas frigorificas, a piramutaba começou a ganhar importância comercial com fins de exportação isto devido a abundância da espécie nos estuários e também as melhores condições para a sua conservação (VERISSIMO, 1895; BRITO et al, 1975; BARTHEM, 1990)