Os currais de pesca são armadilhas fixas estrategicamente edificadas em solos aquáticos marinhos (arenoso, rochoso, lamoso, cascalho, sobre recifes de arenito e de corais) de leve declividade, que têm por finalidade aprisionar pescado de importância comercial com o auxílio das correntes das marés. Suas estruturas são compostas de estacas de madeiras oriundas de espécies de árvores como Rhizophora mangle e Eschweilera ovata, arames, telas de nylon, redes e cabos de amarração. Quando finalizado o curral possui área por onde o peixe é conduzido pelas corretes de mares até ser aprisionado, as quais são áreas principais indispensáveis para o funcionamento do curral (espia ou asa) e/ou área secundária ou auxiliares que serve para aumentar a capacidade de captura (salões, salas e salinhas) (LUCEMA et al, 2013; PIORSKI et al, 2009; TAVARES et al, 2005).

             Dependendo da região ou país os currais de pescada podem receber outras denominações como gamboa, camboa, cercado, cerco-fixo e outros nomes. Além disso, o formato dos currais também varia e para cada configuração recebem uma denominação podendo ser: coração (uma espia), enfia-coração (duas espias), furtado, Boca para riba, Atravessado (Raposa) e outras (FURTADO, 1987, LUCEMA et al, 2013; PIORSKI et al, 2009).