Embarcações
A piramutaba é explotada por duas frotas em sua área de ocorrência. Uma frota industrial, que atua exclusivamente no estuário amazônico, e uma frota artesanal que se encontra amplamente distribuída na bacia amazônica. Em outras palavras, as embarcações utilizadas na pesca da piramutaba possuem distintas estruturas, isto devido aos diferentes ambientes de atuação da frota pesqueira.
As embarcações da frota industrial atuam num sistema de “parelha”, onde duas embarcações arrastam uma única rede, podendo atuar também em sistema de “trilheira”, quando três embarcações arrastam duas redes. Elas possuem em sua maioria cascos de aço, comprimento variando entre 17 e 27 metros, tonelagem líquida entre 20 a 105 toneladas e potência do motor variando entre 165 e 565 HP, com a tripulação constituída de 7 homens. A escolha dos pesqueiros geralmente é baseada na experiência dos pescadores contratados e com o auxílio das ecossondas (BARTHEM, 1990). A malha do saco-túnel apresenta 100 mm entre nós opostos de acordo com o estabelecido pela IN nº 06 de 2020 da SAP. As embarcações da frota de arrasto da piramutaba no estuário amazônico levam de 15 a 25 horas viajando do porto ao pesqueiro e as viagens duram cerca de 10 dias, sendo realizados, em média 4 arrastos/dia, com duração de 2 e 7 horas (ZAGAGLIA et al. 2009).
A frota artesanal é caracterizada por barcos de com tonelagem variando de 2 a 50 toneladas brutas, todos de casco de madeira, movidos a vela, motor, ou os dois associados. O principal apetrecho utilizado para a captura de piramutaba é a rede de emalhar, utilizada tanto no estuário como na calha do rio Amazonas, além de espinhel, curral e linha de mão, tendo uma maior ou menor importância de acordo com a área da pescaria (BARTHEM, 1990b).
Embarcação de pesca industrial piramutabeira
