
Fonte: Arquivo LAPEN
As embarcações atuantes na captura do pargo na região bragantina podem variar de 10 até cerca de 16 metros de comprimento, onde a maioria das embarcações são de médio porte (BMP), ou seja, são maiores ou iguais a 12 metros de comprimento (BENTES et al., 2016; COSTA et al., 2017). O material do casco da maioria das embarcações no município é de madeira, entretanto existe uma pequena porcentagem de barcos que possuem cascos de fibra de vidro (BENTES et al., 2016), que dentre outros fatores, impede a circulação intensa de ar na parte interna da embarcação, conservando o gelo por mais tempo. A pequena porcentagem de barcos com casco de fibra de vidro se deve principalmente ao alto custo de implantação dessa estrutura.
Os motores podem variar de 110 HP, para aquelas embarcações com um porte e capacidade de estocagem menor, até cerca de 300 HP, para aquelas embarcações com maior capacidade de estocagem e maior autonomia de viagem (BENTES et al., 2016; COSTA et al., 2017).
Como não existem regras acerca do material que será usado na construção das urnas, as mesmas são geralmente de madeira e fibra (COSTA, 2012). Entretanto, existem embarcações que possuem urnas revestidas apenas por fibras, o que garante uma maior conservação do gelo e do pescado, diminuindo a circulação de ar dentro das câmaras de estocagem. Segundo Bentes et al. (2016), a capacidade das urnas pode variar, mais frequentemente, de 17 a 19 toneladas, o que corresponde cerca de 27% das embarcações registradas.
Outro tipo de embarcação presente na captura do pargo era o caico – também chamado de caíque ou piolho –, que são pequenas embarcações que são levadas até o pesqueiro por um barco-mãe. Chegando no pesqueiro, estas pequenas embarcações são lançadas ao mar com um pescador a bordo, uma caixa de isopor com gelo, duas linhas pargueiras, uma bandeira, um remo e uma âncora (garatéia). Mesmo que esses pescadores tenham um remo em mãos, os caicos ficam condicionados à velocidade da corrente oceânica (BENTES et al, 2017).