Fonte: The Edible Ocean
A reprodução do pargo ocorre por acasalamento emparelhado do macho com a fêmea, porém sem contato direto entre os indivíduos. Os óvulos são liberados diretamente no meio aquático marinho, sendo sujeitos a enorme taxa de mortalidade (FONTELES-FILHO, 2000).
Moraes (1970) encontrou o tamanho de primeira maturação (L50) do pargo de 47,4 cm, entretanto Souza (2002) estimou um intervalo de 43 a 46 cm para a primeira maturação desta espécie. O mesmo autor revela que provavelmente a diminuição do L50 do pargo ocorreu em função de uma adaptação da população aos altos índices de exploração a que tem sido submetida, como estratégia para reproduzir mais cedo, garantido a manutenção do estoque.
Souza (2003) também sugeriu que o pargo possui desova continua com coortes distintas ao longo do ano, com picos de desova no segundo e no quarto trimestre. Com relação a esses picos, existem duas hipóteses levantadas por Ivo & Hanson (1982): a primeira diz que os indivíduos na fase juvenil são recrutados para o estoque adulto na plataforma continental e, ao se tornarem maduros, migrariam para os bancos oceânicos localizados no Nordeste, sendo que isto se repetiria duas vezes ao ano. E os ovos e larvas seriam trazidos para a região adjacente à foz do rio Amazonas pela Corrente das Guianas ou por outras correntes mais próximas à costa; já na segunda hipótese, dois estoques realizariam o mesmo circuito migratório proposto na primeira e ambos retornariam para o mesmo local de desova a cada ano.