Reprodução
Sua reprodução se dá no início da enchente, ao que tudo indica no alto Solimões, com os alevinos crescendo no estuário nas proximidades da Baía de Marajó.
Os estudos desenvolvidos para determinar a época e o local de reprodução, e o comprimento na primeira maturidade gonadal da piramutaba são muito escassos e não conclusivos, embora indiquem que a espécie não desova nas áreas de pesca da região amazônica e que indivíduos em estágios mais adiantados de desenvolvimento gonadal podem ser encontrados no período de novembro a março. O menor indivíduo sexualmente maduro capturado tinha 40,0 cm de comprimento zoológico (IBAMA, 1999; Ruffino & Isaac, 2000). A se considerar o comprimento zoológico de 40,0 cm como o tamanho em que as fêmeas de piramutaba completam o primeiro ciclo reprodutivo e assumindo-se a proporção de um macho para uma fêmea nas capturas industriais, tem-se que a pesca capturou fêmeas que não completaram pelo menos um ciclo reprodutivo nas seguintes proporções: 2001 – 66,2% dos indivíduos aproveitados e 90,4% dos indivíduos rejeitados; e 2002 – 64,8% dos indivíduos aproveitados e 99,9% dos indivíduos rejeitados.